Idealizado pela cantora e produtora cultural Viviane Pitaya, o Festival Frequências Preciosas nasceu como uma plataforma de resistência e valorização das vozes negras e indígenas, especialmente aquelas das regiões Norte e Nordeste do Brasil. O festival destaca talentos mapeados pelo projeto "Cartografia de Cantoras Negras e Indígenas da Bahia", que cumpre um papel crucial na divulgação de novas artistas independentes e na reafirmação das identidades culturais dessas localidades.
O projeto foi inspirado pelas próprias experiências de Viviane, uma artista negra e periférica, que enfrentou desafios para se inserir nos palcos e espaços culturais. Com o objetivo de criar oportunidades para outras artistas que compartilham de sua luta, o festival aposta na apresentação de novas faces da música.
O projeto teve início em maio de 2020, em meio a pandemia, quando Viviane Pitaya realizou o levantamento de mais de 500 cantoras negras e indígenas. Com a adesão da pesquisadora Júlia Salgado, o recorte da pesquisa voltou-se para as artistas do estado da Bahia. Esse trabalho deu origem à plataforma Frequências Preciosas, que hoje mapeia mais de 150 artistas em 49 cidades e 11 estados brasileiros. A plataforma é reconhecida por sua atuação em difusão, formação, pesquisa e inovação, e já recebeu prêmios, incluindo o Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas de Salvador.